Press Release
Antônio Carlos Miguel [Ref: ExtraFu]
O mais interessante e original grupo surgido no pop brasileiro nos anos 90, o quarteto mineiro Pato Fu, traz novas doses de invenção e boas surpresas em Televisão de Cachorro. Produzido por Dudu Marote, este quarto disco mantém o saboroso coquetel de referências que marca a banda: rocks pesados e canções melódicas, instrumental eletrônico ou caipira, pop até a medula ou experimentalismos. Tudo isso convive num sedutor blend, com o inconfundível aroma e sabor do Pato Fu.
A receita é até simples, desde que se tenha os ingredientes e condições necessárias: quatro músicos que rendem tão bem no estúdio quanto no palco, bom e diversificado repertório, um talentoso e antenado produtor, vontade e liberdade para ousar e muitas pitadas de carisma. Coisas que não faltam a John (guitarra, violão, programação e vocal), Fernanda Takai (violão e vocal), Ricardo Koctus (baixo e vocal) e Xande Tamietti (bateria).
A letra de A Necrofilia da Arte, música de abertura do CD, foi escrita por Rubinho Troll em cima da melodia de um clássico tropicalista de Gilberto Gil, Alfômega. Troll é um velho comparsa do Pato Fu e já tinha fornecido a música Mamãe Ama é o Meu Revólver, gravada pelo grupo no segundo disco. Em meio à canções originais, quase todas assinadas por John, principal compositor do grupo, eles recriam Eu Sei, um dos clássicos do Legião Urbana, que vinha sendo um sucesso nos shows do Pato Fu. Já Tempestade, do grupo braziliense Maskavo Roots, ganhou roupagem bem diferente da original, com direito à citação de In Between Days, de Robert “Cure” Smith. Por sinal, na última edição do Hollywood Rock, em 96, o Pato Fu pôde encontrar com Robert Smith e trocar figurinhas com o líder do Cure. Ainda entre o material de outros, o CD traz Spaceballs, The Ballad, de Bob Faria (Yellowfante) e o rockão Nunca Diga, de Frank Jorge.
Com a pena afiada de sempre, John assina da raivosa Licitação à jazzy Vivo Num Morro, passando pelo rock com pitadas de ska Um Dia, Um Ladrão e pela balada Canção pra Você Viver Mais.
Aproveitando a letra da deliciosa canção título, tudo o que está dentro deste CD é tudo o que o pop brasileiro precisava para se manter de pé. Televisão de Cachorro é fiel a uma trilha aberta em 1993, quando o grupo estreou com Rotomusic de Liquidificapum, pelo selo Cogumelo. Contratado por Maurício Valladares para o seu selo Plug, da BMG, o Pato Fu gravou no ano seguinte, ao lado do produtor Carlos Savalla, Gol de Quem?. Depois desse gol de placa, eles fizeram, em 1996, Tem mas Acabou. E agora outro…
DUDU MAROTE, o produtor
Nome do álbum
Coliseu Penelaqui – John: “Coliseu Penelaqui”, significa “Cole Seu Pneu Aqui”, uma placa que vimos em uma borracharia aqui em BH. Achamos que um erro monumental de português como esse cabia dentro daquela música…
O nome do CD seria Coliseu Penelaqui?!: Na verdade, o “Coliseu” era um nome que não era um nome… Foi uma brincadeira que fizemos com o Jô Soares, ainda no inicio da turnê do Tem Mas Acabou… E como todo mundo acreditou e gostou, o disco acabou sendo “batizado” assim. Mas no momento em que realmente paramos pra pensar no nome, percebemos que ele não era tão bom assim, que era apenas uma boa piada… E daí descobrimos “Televisão De Cachorro”, um nome com muitos mais significados subliminares… E que gerava idéias “gráficas” de capa e show bem melhores também.
Fernanda: “Foi muito difícil dar esse nome. Foi uma escolha visual”. [Ref: TV Queijo Elétrico]
Sobre o aumento do número de músicas cantadas pela Fernanda
Turnê Televisão de Cachorro – Show em Belo Horizonte
>>> LETRA A LETRA <<< - Tudo sobre as músicas desse álbum.
1. A Necrofilia Da Arte
2. Antes Que Seja Tarde
3. Nunca Diga
4. Eu Sei
5. Licitação
6. Vivo Num Morro
7. Um Dia, Um Ladrão
8. Canção Pra Você Viver Mais
9. Tempestade
10. O Mundo Não Mudou
11. Televisão de Cachorro
12. Spaceballs, The Ballad
13. Boa Noite