Ruído Rosa – 2001

‘Os chiados são intencionais, não representam defeitos de fabricação’.

Fernanda: Meu disco preferido de todos. Que tem no nome a dualidade do pesado e do doce. [Ref: TV Queijo Elétrico]

Produção: encerrando a trilogia Dudu Marote (TV de Cachorro + Isopor + Ruído Rosa).

Sobre o disco – Fernanda: Por ter sido produzido e gravado em casa, é o disco que ficamos polindo até o último momento antes de ir para a Inglaterra terminar a mixagem. Colocamos a auto-crítica no máximo e mostramos que é possível uma banda fazer um sexto disco inédito que traz fôlego a uma carreira. Ele soa mais áspero do que os anteriores, mas não menos diverso.

“É um disco do Pato Fu que passou dos 30 anos, ele enfatiza nossa relação com o pop rock das bandas britânicas.” [Ref: Estadão]

“Envelhecer é realidade e queremos isso. Temos 8 anos de carreira e não queremos a síndrome de Peter Pan”. [Ref: Estadão]

Fernanda: Felizmente a gente tem total noção de que a cada trabalho, temos que começar tudo de novo. Mas não somos unanimidade de crítica não. Estamos satisfeitos com o resultado sonoro e lírico do Ruído Rosa, mas ele não é perfeito. Vamos tentar de novo, no próximo!

O Caminho até Ruído Rosa - Fernanda: Acho que fomos insistentes e soubemos conduzir a nossa carreira tomando as próprias decisões. Uma coisa boa para a gente é ver nosso público nos acompanhando, ficando mais velho com a banda. Isso é sinal de que estamos pensando e criando a longo prazo. A gente espera fazer música decente por muito tempo e viver dela feliz, sem ter que entrar na onda do momento só porque alguém acha melhor.
John: “Esse disco é 100% eletrônico. Alguns pensam que não porque há mais instrumentos orgânicos, mas na verdade usamos muito Pro-Tools, loopings de bateria, efeitos em tudo”."É diferente daquelas baladas radiofônicas. Ela não é padrão, tem phaser, delay, vários efeitos nas guitarras".

Estúdio Caseiro (128 Japs) - John: “Como 80% do disco foi gravado em casa, economizamos para poder fazer a mixagem em Londres. Recomendo essa experiência para as bandas. Num estúdio caseiro, você fica muito mais à vontade para criar”.
Londres (Reino Unido) - John: Estamos bem perto de nossas referências.
Nossa vinda não foi uma questão de tecnologia. Estamos atrás de conceitos, do som inglês. Os técnicos daqui tem uma 'mão' diferente.

Mixagem e masterização em Londres - Fernanda: Muito mais do que os equipamentos, o que fez diferença foi o conceito de mixagem do engenheiro inglês. Como a gente explicitamente diz que sofre influência de muitas bandas britânicas, queríamos experimentar trabalhar com alguém que faz discos que ouvimos muito em casa e que nasceu ouvindo rock como música popular local. Trabalhamos muito lá, a gente acordava e ia para o estúdio, de segunda a sexta, durante 2 semanas.

Passeio por Londres: Tâmisa + Denmark Street + Guitarrinha Pignose